Jacó (Mario Augusto de Almeida Neto).

 Nascido em 1965 no município de Jacobina, de origem simples, fui o segundo filho de uma família de quatro irmãos. Aos 15 anos, comecei a trabalhar como ajudante de pedreiro, quando tive que largar os estudos para trabalhar e ajudar no sustento da família. Esse período como ajudante de pedreiro acabou quando, no início da década de 1980, me mudei para Irecê, para estudar na antiga ESAGRI (Escola de Agricultura da Região de Irecê ), atual CETEP (Centro Territorial de Educação Profissional).

Na ESAGRI fiz o curso de técnico em agropecuária em dois turnos. Quando saí, minha cabeça era outra: comecei a militar pela luta da agricultura familiar e pela agroecologia. Em 1990, junto com valorosos Criamos uma estrutura institucional forte na perspectiva de lutar ainda mais pela agricultura familiar e pelo acesso às tecnologias de convivência com o semiárido.

Nessa época aprendi um lição valiosa. A lição de que o conhecimento técnico / teórico e os movimentos sociais tinham que andar lado a lado para que a minoria fosse ouvida e representada.  Naquela época, trabalhamos em toda a região para construir as primeiras cisternas do Território. Além das cisternas lutamos para conseguir os avanços sociais que os pequenos agricultores e agricultoras tanto ansiavam.



Em 1995, expandimos nossas ações para outros municípios, e, em 1997, conseguimos avançar com as nossas conquistas. O apoio de lideranças sociais, como Dom Luis Cápio, que se tornara Bispo, Renato Tomaselli, Missionário Austríaco da Igreja católica radicado no Semiárido Brasileiro, dentre tantas outras, foi um dos principais apoios ao trabalho de fortalecimento das nossas redes. Lutamos muito, e aprendemos a duras penas como construir políticas públicas efetivas para o povo do Semiárido.



Hoje, temos uma rede como várias Entidades sociais expandida de tal forma que atuamos em toda a Bahia e nos tornamos referência na luta da convivência com o semiárido e pela batalha de pautar a melhoria da qualidade de vida das famílias do sertão.

Tenho orgulho de hoje atuar de forma engajada nessa rede de lutadoras e lutadores e poder ver surgir o Movimento "A força do Semiárido", que, agregando lideranças que pautam a convivência com o semiárido, ajuda a construir esta articulação que tanta força tem em suas ações de promover a convivência com o semiárido. Esta articulação e o fortalecimento da rede é fundamental para que possamos continuar lutando.

Esse Blog é um espaço no qual me permitirei falar! Aqui defenderemos nossas bandeiras e convicções, sem amarras de qualquer espécie. Falaremos e agiremos juntos para construir, uma Bahia e um semiárido sempre melhor!